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Imprensa

Relatório internacional aponta queda nos indicadores de independência das instituições superiores de controle

Estudo da Iniciativa de Desenvolvimento da Intosai (IDI) observa redução nos níveis de existência de marcos legais necessários para a independência das instituições, o acesso à informação e a autonomia financeira e administrativa
Por Secom TCU
08/05/2024

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  • Relações Exteriores

Em abril, a Iniciativa de Desenvolvimento da Organização Internacional das Instituições Superiores de Controle (IDI-Intosai) lançou o “Relatório de avaliação global das ISC 2023”. O estudo, publicado a cada três anos, apresenta tendências para o desempenho das instituições superiores de controle (ISC) e discute o desenvolvimento das capacidades desses órgãos. As conclusões são baseadas em dados coletados por meio de pesquisa internacional com 166 ISC da Intosai.

Um dos temas avaliados, a independência das instituições superiores de controle, aponta para uma direção alarmante. Pela terceira vez seguida, desde o relatório de 2017, há diminuição na autonomia das ISC em escala global. Esse declínio é observado na redução nos níveis relacionados ao arcabouço legal que garante a independência das ISC, ao acesso à informação e à autonomia financeira e administrativa.

Em comparação com o estudo anterior, houve redução de 68% para 66% no número de ISC que consideram que o quadro jurídico garante sua independência adequadamente. O total de instituições com acesso pleno a informações que permitem executar seu trabalho caiu três pontos percentuais em relação a 2020, chegando a 46% em 2023. Já o indicador de autonomia financeira e administrativa das ISC caiu quatro pontos e chegou a 62%.

Ainda de acordo com o relatório, o Mecanismo de Advocacia Rápida para a Independência das ISC (Siram, do inglês “SAI Independence Rapid Advocacy Mechanism”), ferramenta oficial da IDI para abordar ameaças e violações ao princípio da independência e fornecer apoio às ISC para enfrentar desafios e riscos à autonomia, apresentou crescimento no número de demandas. Esse aumento sugere a existência de interferências externas no trabalho das instituições. Em 2019, quando o Siram foi implementado, por exemplo, havia dois casos-piloto. Em 2021, pelo menos oito instituições de controle solicitaram assistência da ferramenta.

A independência é fundamental para que as ISC cumpram seus mandatos de forma eficaz e produzam resultados consistentes. Isso garante que elas possam monitorar adequadamente o uso do dinheiro público, função que contribui para consolidar a democracia e reforçar a confiança da sociedade. A preservação da autonomia é uma preocupação da Intosai, tanto que a organização estabeleceu princípios de independência nas Declarações de Lima, em 1977, e do México, em 2007.

Acesse o “Relatório de avaliação global das ISC 2023”

Carta do Presidente da Intosai aborda a independência das ISC

O tema também é explorado pelo presidente da Intosai e do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, na edição de maio da “Carta do Presidente da Intosai”. No artigo deste mês, Dantas fala sobre a importância das ISC para a garantia da transparência, da responsabilidade e do uso adequado dos recursos públicos.

O presidente ressalta o papel da Intosai na promoção e no fortalecimento da independência das ISC em todo o mundo. “O Plano Estratégico da organização para o período de 2023 a 2028 define a independência das ISC como uma das prioridades organizacionais, reforçando o compromisso de apoiar e fortalecer as instituições de controle na missão de garantir transparência, responsabilidade e eficácia na gestão dos recursos públicos”, pontua Dantas.

A responsabilidade das lideranças em garantir que as ISC possam atuar de forma livre e imparcial em todo o mundo é lembrada no artigo. O ministro destaca a importância de que os líderes trabalhem ativamente para que os chefes das nações reconheçam e fortaleçam as instituições de controle em seus países. “A independência das instituições superiores de controle não é apenas um princípio a ser preservado, mas sim condição essencial para governança verdadeiramente transparente, responsável e justa. Fortalecer essa independência é fortalecer a democracia, promover a eficiência da atuação governamental e proteger os interesses dos nossos cidadãos”, reforça o presidente.

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